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Jovem animada, acha que falta sorrisos e jazz no mundo. "Crianças estão agindo como velhos", diz ela "as pessoas acham que já viram de tudo e perdem as esperanças. Esquecem que os jovens só conseguem fazer revoluções por sua infinita capacidade de tentar, retentar e sonhar". A jovem que tem 21 anos estuda História e Artes Visuais e diz que seu próximo sonho a ser alcançado é poder dar aula.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Vida no IA

Estava eu acostumada com as cadeiras de história da PUCRS, cujo os nomes faziam sentido e os apelidos eram baseados nestes. Introdução ao Estudo da História era "Introdução". Antiguidade Clássica e Antiguidade Oriental eram "Clássica" e "Oriental". Pré-História, como todo bom gaúcho, conseguimos reduzir AINDA MAIS para somente "Pré" (afinal, ninguém precisa saber do que se trata, só nós). Filosofia e Ética Geral era reduzida pela metade em seus argumentos e virava só "Filosofia", apesar de ser uma cadeira especificamente para ética.

Aí entrei na UFRGS. Os caras querem provar que são artistas já no nome das cadeiras. Os alunos, claro, não lembram de bulhufas do nome da cadeira (quanto menos do andar) e logo inventam um apelido que pra eles pareça fazer mais sentido.
ATELIER DE PERCEPÇÃO E CRIAÇÃO I é "Desenho". Parece ser o que fazemos lá, temos nossos desenhos e linhas criticadas durante a tarde toda.
FUNDAMENTOS DA ARTE é "História". Chamo de "Historia da Arte" em caso particular, já que também curso história, seria uma heresia chamar a cadeira somente de. Essa ainda tem um pouco a ver, filosofamos e debatemos sobre arte e seu significado, uma base, um fundamento.
LABORATÓRIO DE ARTE E ENSINO I é "Aula dos Macs". Essa cadeira, especifica para estudantes de licenciatura tal como eu mesma, é certamente importante e cheia de fundamentos. Mas qualquer argumento ou explicação se perde quando você entra no laboratório. Tipo, você sobe sete andares naquela sauna que é o prédio do Instituto de Artes. O prédio é recém reformado, as paredes ainda limpas e os banheiros uma nojeira só, as salas de teóricas são pequenas que dão dó, não tem janelas nos corredores apertados e só tem bebedouro no sétimo andar. Aí você entra no laboratório e por mais rica que seja a cadeira, você esquece tudo quando está na frente de trinta Macs (a maioria novos). Não importa o que fazemos naquela aula, TEM MACS LÁ! ("O dinheiro pra manutenção dos banheiros foi todo nos Macs" rezam as lendas do IA).
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL I é "Pintura". E pronto. Lá tem cavaletes, rascunhos colados nas paredes, "qualquer coisa" pintada que obviamente já serviu de paleta, quadros não terminados e Canson colada e pintada por tudo que é lugar. E a única coisa que fazemos lá é pintar (com tinta).
OFICINA DE CRIAÇÃO TRIDIMENSIONAL I é "Cerâmica", que na verdade nem cerâmica é, é pura e simplesmente argila. MAS é tridimensional! Não que tenha espaço pra fazer muita coisa lá, de qualquer forma. Tem estantes, mesas, um forno e acabou o espaço. Criamos cerâmicas lá, o espaço é feito somente para o manuseio do barro.
E finalmente SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO I que é "aula de quinta". Ninguém descobriu ainda o que se faz lá.


Não interessa o que o currículo do curso diz, eu não entendo ele.

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