- Melian
- Jovem animada, acha que falta sorrisos e jazz no mundo. "Crianças estão agindo como velhos", diz ela "as pessoas acham que já viram de tudo e perdem as esperanças. Esquecem que os jovens só conseguem fazer revoluções por sua infinita capacidade de tentar, retentar e sonhar". A jovem que tem 21 anos estuda História e Artes Visuais e diz que seu próximo sonho a ser alcançado é poder dar aula.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
?
De vez em quando dá uma vontade de compartilhar o que eu faço apesar da trabalheira que isso daria. Digo, não tenho mais trabalhado em folhas menores do que A1, acho uma A4 assustadoramente pequena mas o meu scanner é A4, tão logo eu teria que tirar foto dos trabalhos (um por um).
Ainda assim eu precisaria de um lugar pra colocar isso e to de saco cheio do DA e suas ilustraçõezinhas bonitas, mas ter que fazer um blog ou procurar um lugar que eu possa hospedar isso~ Bom ou ruim, queria só ir postando com uma sútil legenda ou sem, sem intenção de ser algo potencial ou mesmo bonito, sem que seja admirado ou que seja cobrado beleza, sem postar só o bonito ou o que eu gostei, sem que seja só o feito pra postar (as tentativas falhas também), sem que sejam apenas desenhos pq não é isso que eu sei fazer de melhor. Apenas compartilhar aquilo que sou capaz de fazer.
Não sei onde ou quando, talvez mesmo aqui ou em algum tumblr, não sei. Preguiça de fazer "mais um", mas ao mesmo tempo não parece entrar em nada que já tenho. E então, Josoeh?
quinta-feira, 23 de junho de 2011
casa | s. f.
casa
(latim casa, -ae, cabana, casebre)
s. f.1. Nome genérico de todas as construções destinadas a habitação.2. Construção destinada a uma unidade de habitação, geralmente unifamiliar, por oposição a apartamento. = moradia, vivenda3. Cada uma das divisões de uma habitação. = cómodo, compartimento, dependência4. Local de habitação. = domicílio, lar, morada, residência5. Anexo a um edifício.6. Conjunto de pessoas da família ou de pessoas que habitam a mesma morada.7. Conjunto de despesas com a habitação.8. Estabelecimento comercial ou industrial (ex.: casa de chá, casa de fados, casa de hóspedes, casa de saúde). = empresa, firma9. Lotação de um estabelecimento comercial, geralmente de diversão ou espectáculo!espetáculo (ex.: casa cheia).10. Local ou instalação que se considera pertença de algo ou alguém (ex.: equipa da casa; jogar em casa).11. Designação dada a algumas repartições ou instituições, públicas ou privadas (ex.: Casa da Moeda; Casa dos Açores).12. Conjunto de pessoas que trabalham directamente!diretamente um chefe de estado (ex.: casa civil).13. Família pertencente à nobreza ou à realeza (ex.: casa de Bragança).14. Cada uma das divisões resultantes da intersecção de linhas em tabela, tabuleiro, tabuada, mapa, etc.15. Escaninho do tabuleiro do gamão.16. Posição respectiva!respetiva dos algarismos.17. Abertura onde entra um botão de roupa. = botoeira18. Número arredondado aproximado (ex.: ele anda na casa dos 40)19. Posição de um algarismo em relação aos outros que compõem um número (ex.: casa das unidades, casa das centenas, casa decimal).
- Onde você sempre poderá voltar que sempre terá espaço para você, podendo ser constituído de um abraço ou cimento.
(latim casa, -ae, cabana, casebre)
- Onde você sempre poderá voltar que sempre terá espaço para você, podendo ser constituído de um abraço ou cimento.
WARNING: PERCEPTION REQUIRES INVOLVEMENT
Atenção: Percepção Requer Envolvimento!— Antonio Muntadas
Muntadas, artista, colocou um discreto lembrete com essa frase no meio de um mural de anúncios de compras e vendas.
Nunca estive tão cansada na vida.
Me sinto realizada, sim
mas não me sinto feliz.
Certa noite (quase madrugada) voltava eu do serviço em status quase arrancando cabelo, era segunda feira e a semana já estava abusivamente estressante. Corri, fugi pra alguma zona de conforto - eu continuava no ônibus a caminho de casa e ao mesmo tempo não estava mais no ônibus. Nesse refúgio uma pessoa me disse que não era eu que estava cansada da vida, a forma que eu via a vida me cansava. Voltei pro ônibus aliviada.
(...)
Trexo retirado do Tumblr
mas não me sinto feliz.
Certa noite (quase madrugada) voltava eu do serviço em status quase arrancando cabelo, era segunda feira e a semana já estava abusivamente estressante. Corri, fugi pra alguma zona de conforto - eu continuava no ônibus a caminho de casa e ao mesmo tempo não estava mais no ônibus. Nesse refúgio uma pessoa me disse que não era eu que estava cansada da vida, a forma que eu via a vida me cansava. Voltei pro ônibus aliviada.
(...)
Trexo retirado do Tumblr
sábado, 18 de junho de 2011
Querida felicidade, querida utilidade
"As pessoas inventam de criar coisas pra ficar sem tempo de ver quem gosta, a maior besteira inventada pelo homem de hoje. É um absurdo - por mais que você goste do que faz - ter que se privar do prazer de ver as pessoas que gosta pq acha ter obrigações maiores. Todos achamos que a escolha de investir nosso tempo em estudos e serviço é mais rentável, mas de que adianta toda essa renda se não sobra tempo pra prática da felicidade? O equilíbrio entre a felicidade e a utilidade tá bem distante da rotina moderna. Máquinas que foram inventadas pra fazer a vida no trabalho mais fácil acabou sendo a forma mais fácil de ver os amigos. Tá tudo invertido. Mas aí não adianta tu conseguir esse tempo se os outros não o tem, também. Não escolhemos mais como viver, só achamos que temos essa liberdade, somos obrigados a seguir pelos únicos caminhos que nos restam. Mesmo que tu vá contra a corrente, de nada adianta ir sozinho."
- Tirado dessa resposta no ask do tumblr
- Tirado dessa resposta no ask do tumblr
Não números, pessoas!
"Todos somos bissexuais"
Quem diz é minha psicóloga com especialização em sexologia e em seus já quase o que? Quase 70 anos?
Essa nova geração tem tido uma liberdade maior de exploração da própria sexualidade graças as grandes explosões de movimentos nos anos 60 e a popularização do sexo na mídia nos anos 80/90. Mas são crianças, adolescentes - perdidos. Eles sentem o desejo pelo mesmo sexo e não sabem o que fazer com isso, não são aconselhados ou entendidos, não exista quem fale pra eles que isso é normal, ainda mais nessa idade de estouros hormonais.
Outra falha da escola contemporânea que não foi contemporanezada, a falta de uma disciplina que dialogue com os alunos como as pessoas que realmente são (e tão cheias de dúvidas dessa idade) e não como máquinas de responder a resposta certa. Não adianta aos alunos entenderem mesmo a filosofia se eles não souberem quem eles mesmo são.
Vejo gente irritada pq não existem mais pessoas heterossexuais e outras com preconceito contra a heterossexualidade. Essa geração tem essa facilidade de explorar experiências com ambos os sexos, algo ótimo, mas que acaba fazendo com que eles se percam bastante nesse mundo de identidades. O fato é que não existe X-ssexual coisa alguma, todos nós somos feitos para amar e sermos amados por alguém de sexo indiferente, o que existem são preferencias (provindas de experiência, convivência e cultura), a "heterossexualidade" é só um jeito inventado de garantir herdeiros para as grandes famílias - o próprio inventor da história, Heródoto em seu livro "História", diz que em seu tempo homens costumavam ter relações íntimas com homens e as mulheres eram usadas apenas como modo de garantir o futuro. Claro que a cultura que Heródoto se refere dá uma possibilidade de "homossexualismo" enorme e as mulheres são tratadas quase como objetos, mas isso são relatos de tempos de antes de Cristo.
Hoje mesmo eu conversava com uma colega da faculdade, ela apenas dois anos mais nova que eu e com incertezas enormes da própria identidade. Ela sabe que tem atração por homens, ou melhor, a educação dela até agora foi que ela naturalmente tem que gostar de homens, mas não se enibe em ficar com mulheres. Perguntei e ela confessa que até agora só ficou com mulheres por puro passatempo, mas indo mais a fundo ela se fez perceber que na verdade prefere se relacionar com mulheres ou pelo menos até agora os relacionamentos "homossexuais" dela foram mais agradáveis que os "heterossexuais".
A liberdade que temos do nosso próprio pensar, hoje, nos permite perceber mais isso. Aos 15 ou 16 anos todos nós temos um ou dois blefes de relacionamentos "homossexuais" com algum amigo querido mas logo tentamos esquecer isso já que soa tão estranho. Isso, na verdade, é tão normal que chega a ser sintoma de adolescente saudável. Nessa idade a quantidade de hormônios que nasce de cada uma de nossas espinhas é tanta que esse tipo de pensamento deve passar pelo nosso cérebro. Os jovens hoje investigam mais esse pequeno blefe, colocam ele à prova. O que eles fazem é simplesmente tentar corresponder ao instinto de devolver o carinho independente do tipo de aparelho reprodutor do companheiro ou, dependendo da vivência do jovem, ele pode realmente estar amando.
O principal argumento que ouço contra a "homo" e a "bissexualidade" é a tentativa de cientificidade de que é contra as leis da natureza o relacionamento de pessoas do mesmo sexo, já que não há reprodução. Claro que não há reprodução entre pessoas do mesmo sexo, caso houvesse não existiriam dois gêneros e as pessoas não precisariam do próprio sexo para se reproduzir e tão logo não haveria essa relação afetiva, seria a auto-fertilização e não teria o menor sentido a vivência humana já que não teria motivos para a formação de uma sociedade. Mas somos seres morais e dotados de uma complexidade cerebral que nos permite emoções que em outros animais não é possível, como a capacidade de amar e odiar (necessáriamente sentimentos em oposição já que um não existe sem o outro) e de sofrer por não ser amado ou ser odiado, ao contrário dos cachorros, por exemplo, que tem sua lealdade baseadas na ingenuidade de comida e conforto - instinto. O amar alguém do sexo oposto é simplesmente um instinto reprodutor. Mas nosso instinto diz apenas que amar é o sentido da vida, tanto para a reprodução quanto pra socialidade tão necessária para a nossa sobrevivência tanto quanto principalmente: a busca pela felicidade. Aí não tem segredo, quem já amou sabe da felicidade de amar e ser amado, a felicidade não diz respeito a necessariamente ter reprodução, até pq a adoção é algo visto em praticamente todos os mamíferos (é o instinto de proteger o mais fraco da sua mesma espécie pra que ela possa continuar, que é o mesmo instinto de mães e pais).
Disso todos sabem: amar não tem idade, não tem gênero ou raça. Todos temos a capacidade e a necessidade de amar a qualquer um, a diferença está em a quem decidimos nos dedicar. Não existe a "hetero", a "homo" ou a "bissexualidade", existe apenas o amar.
- Esse post é originalmente do LJ, mas acho que deveria ser algo mais público.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Vida no IA
Estava eu acostumada com as cadeiras de história da PUCRS, cujo os nomes faziam sentido e os apelidos eram baseados nestes. Introdução ao Estudo da História era "Introdução". Antiguidade Clássica e Antiguidade Oriental eram "Clássica" e "Oriental". Pré-História, como todo bom gaúcho, conseguimos reduzir AINDA MAIS para somente "Pré" (afinal, ninguém precisa saber do que se trata, só nós). Filosofia e Ética Geral era reduzida pela metade em seus argumentos e virava só "Filosofia", apesar de ser uma cadeira especificamente para ética.
Aí entrei na UFRGS. Os caras querem provar que são artistas já no nome das cadeiras. Os alunos, claro, não lembram de bulhufas do nome da cadeira (quanto menos do andar) e logo inventam um apelido que pra eles pareça fazer mais sentido.
ATELIER DE PERCEPÇÃO E CRIAÇÃO I é "Desenho". Parece ser o que fazemos lá, temos nossos desenhos e linhas criticadas durante a tarde toda.
FUNDAMENTOS DA ARTE é "História". Chamo de "Historia da Arte" em caso particular, já que também curso história, seria uma heresia chamar a cadeira somente de. Essa ainda tem um pouco a ver, filosofamos e debatemos sobre arte e seu significado, uma base, um fundamento.
LABORATÓRIO DE ARTE E ENSINO I é "Aula dos Macs". Essa cadeira, especifica para estudantes de licenciatura tal como eu mesma, é certamente importante e cheia de fundamentos. Mas qualquer argumento ou explicação se perde quando você entra no laboratório. Tipo, você sobe sete andares naquela sauna que é o prédio do Instituto de Artes. O prédio é recém reformado, as paredes ainda limpas e os banheiros uma nojeira só, as salas de teóricas são pequenas que dão dó, não tem janelas nos corredores apertados e só tem bebedouro no sétimo andar. Aí você entra no laboratório e por mais rica que seja a cadeira, você esquece tudo quando está na frente de trinta Macs (a maioria novos). Não importa o que fazemos naquela aula, TEM MACS LÁ! ("O dinheiro pra manutenção dos banheiros foi todo nos Macs" rezam as lendas do IA).
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL I é "Pintura". E pronto. Lá tem cavaletes, rascunhos colados nas paredes, "qualquer coisa" pintada que obviamente já serviu de paleta, quadros não terminados e Canson colada e pintada por tudo que é lugar. E a única coisa que fazemos lá é pintar (com tinta).
OFICINA DE CRIAÇÃO TRIDIMENSIONAL I é "Cerâmica", que na verdade nem cerâmica é, é pura e simplesmente argila. MAS é tridimensional! Não que tenha espaço pra fazer muita coisa lá, de qualquer forma. Tem estantes, mesas, um forno e acabou o espaço. Criamos cerâmicas lá, o espaço é feito somente para o manuseio do barro.
E finalmente SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO I que é "aula de quinta". Ninguém descobriu ainda o que se faz lá.
Não interessa o que o currículo do curso diz, eu não entendo ele.
Aí entrei na UFRGS. Os caras querem provar que são artistas já no nome das cadeiras. Os alunos, claro, não lembram de bulhufas do nome da cadeira (quanto menos do andar) e logo inventam um apelido que pra eles pareça fazer mais sentido.
ATELIER DE PERCEPÇÃO E CRIAÇÃO I é "Desenho". Parece ser o que fazemos lá, temos nossos desenhos e linhas criticadas durante a tarde toda.
FUNDAMENTOS DA ARTE é "História". Chamo de "Historia da Arte" em caso particular, já que também curso história, seria uma heresia chamar a cadeira somente de. Essa ainda tem um pouco a ver, filosofamos e debatemos sobre arte e seu significado, uma base, um fundamento.
LABORATÓRIO DE ARTE E ENSINO I é "Aula dos Macs". Essa cadeira, especifica para estudantes de licenciatura tal como eu mesma, é certamente importante e cheia de fundamentos. Mas qualquer argumento ou explicação se perde quando você entra no laboratório. Tipo, você sobe sete andares naquela sauna que é o prédio do Instituto de Artes. O prédio é recém reformado, as paredes ainda limpas e os banheiros uma nojeira só, as salas de teóricas são pequenas que dão dó, não tem janelas nos corredores apertados e só tem bebedouro no sétimo andar. Aí você entra no laboratório e por mais rica que seja a cadeira, você esquece tudo quando está na frente de trinta Macs (a maioria novos). Não importa o que fazemos naquela aula, TEM MACS LÁ! ("O dinheiro pra manutenção dos banheiros foi todo nos Macs" rezam as lendas do IA).
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL I é "Pintura". E pronto. Lá tem cavaletes, rascunhos colados nas paredes, "qualquer coisa" pintada que obviamente já serviu de paleta, quadros não terminados e Canson colada e pintada por tudo que é lugar. E a única coisa que fazemos lá é pintar (com tinta).
OFICINA DE CRIAÇÃO TRIDIMENSIONAL I é "Cerâmica", que na verdade nem cerâmica é, é pura e simplesmente argila. MAS é tridimensional! Não que tenha espaço pra fazer muita coisa lá, de qualquer forma. Tem estantes, mesas, um forno e acabou o espaço. Criamos cerâmicas lá, o espaço é feito somente para o manuseio do barro.
E finalmente SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO I que é "aula de quinta". Ninguém descobriu ainda o que se faz lá.
Não interessa o que o currículo do curso diz, eu não entendo ele.
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