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Jovem animada, acha que falta sorrisos e jazz no mundo. "Crianças estão agindo como velhos", diz ela "as pessoas acham que já viram de tudo e perdem as esperanças. Esquecem que os jovens só conseguem fazer revoluções por sua infinita capacidade de tentar, retentar e sonhar". A jovem que tem 21 anos estuda História e Artes Visuais e diz que seu próximo sonho a ser alcançado é poder dar aula.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Hohoho!

Não sou cristã. Nem meus pais são muito. Posso dizer que meu deus (ou deusa) é mais palpável, mais visível, mais fantástico e muito mais lindo. Meu deus é aquele que cientificamente e religiosamente criou a vida, criou a nós como somos agora e o deus que tentamos entender.
Mas independente de ter ou não uma religião existe o Natal. Eu comemoro sim, mas não pelas razões cristãs. Não comemoro duas vezes o nascimento de um cara que não tem registro algum. Comemoro aquilo que meu deus me deu: a vida.
Afinal é final de ano, mais um ano. Um ANO. Você ainda tem ideia de quanto é um ano? É tempo, é muito tempo, é tempo de uma vida. Quanta coisa pode acontecer em um ano? Tudo! Absolutamente tudo! E você está aí, vivo, comemorando o Natal. Isso não é absolutamente fantástico? Você está vivo! Por mais um ano!
Por estar vivo, por ter a personalidade que deus te deu, você vive em uma sociedade. Convive com pessoas. Nasce, cresce, se reproduz e morre cercado de pessoas (ou pelo menos três das quatro etapas da vida), cria laços com umas, ama outras nas milhares de formas de amar.
No Natal comemora-se, acima do nascimento do seu J.C., a farta colheita do ano. Ou escassa, dependendo de como você sobreviveu na sociedade durante os 359 dias anteriores. Se faz bastante amigo secreto, troca de presentes, agradecimentos e promessas. Mas isso é o resultado das sementes que você regou durante o ano, esse longo ano que está terminando.
Mesmo não sendo cristã eu comemoro o Natal. Afinal é nessa data que se comemora o que se viveu durante um ano. Comemore suas amizades, suas vitórias, suas alegrias, suas experiências, seus amores, suas descobertas e também as perdas, os sofrimentos e as tristezas. Afinal você está comemorando mais um ano vivo, mais um ano convivendo, mais um ano de colheita, que resulta da experiência de vida de agora. E é essa experiência, esse passado (maravilhoso ou doloroso) que o transformou no que é hoje.

Meu professor de cursinho falou algumas palavras memoráveis ontem, uma pequena metáfora que só um professor de cursinho poderia fazer. Disse ele:
"Durante nossa vida tem pessoas que servimos filé em nosso restaurante e outras que servimos apenas arroz e feijão. Se um dia seu restaurante entrar em crise e passar a servir apenas arroz e feijão, aqueles que sempre comeram filé não voltarão no outro dia, deixarão seu restaurante. Mas aqueles que comem arroz e feijão todo dia não vão se importar, porque eles gostam daquele restaurante mesmo quando o que ele só tem a oferecer é o prato mais chinelão de todos. Essas pessoas que sabem como realmente somos, essas pessoas que nos aturam dia após dia não importa a situação são as que comem sempre o arroz com feijão. Aquelas que mostramos apenas o que temos de melhor são as que se servem de filé. No Natal abrace as pessoas que sempre estão contigo, e que você sabe quem é, pois elas nunca vão te abandonar, e essas realmente merecem. E, pelo menos nesse dia, dê aos clientes do arroz e feijão um dia de filé."

Ok, não consegui reproduzir exatamente as mesmas palavras, a metáfora é dele, afinal. Tenho a impressão de que ele também não usou o termo "chinelão", mas foi o que me veio na cabeça.

Em suma, amanhã é Natal (post adiantadinho, heh), independente do seu credo, do seu país de origem, pais, partido, escola ou cor, comemore amanhã a vida, a sua vida e tudo o que você fez nela. Agradeça aos amigos, aos parentes, aos vizinhos e a todos que fazem parte da sua vida por estar nela. Essas pessoas fazem mais falta do que se imagina.

Estes são meus votos de Natal (cartão natalino chichê).

Um Feliz Natal pra todos :) [mais clichê ainda]

Meu Deus? Minha Deusa! Acredito na Natureza, e essa deusa não tem ciência ou religião que negue a existência.

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